CANTINHO E PAREDES
Duas cachoeiras próximas, singulares em suas formações. Não impressionam pela altura, mas pela serenidade, grande volume de água e isolamento. Os vales dos rios Cachoeirnha e Buritizinho, contribuintes do Rio Tocantinzinho, quase no limite com Niquelândia, são reserva de preservação da natureza do cerrado em um planalto com várias fazendas de cultivo extensivo. Cantinho e Paredes são experiências de imersão na natureza original do cerrado. O longo trecho de terra e de asfalto a partir de Alto Paraíso, afastam o grande público. Não raro, o seu grupo vai ter uma experiência exclusiva de ecoturismo.
Atualmente, os atrativos não estão sendo explorados comercialmente, mas o acesso não está impedido. A recepção está fechada e não há funcionários. A trilha não está batida e a sinalização se deteriorou. Os arquivos para download levam até a sede da fazenda vizinha. De lá, há ainda uma porteira, um colchete e um trecho de estrada até o início da trilha.
A primeira atração é a robusta Cachoeira do Cantinho. Uma queda de 30 metros, um paredão de rochas negras e um poço profundo de águas verdes e agitadas. O banho é aconselhado apenas para pessoas experientes. As grandes pedras podem ser escorregadias.
Mais um trecho de trilha, próximo ao encontro com o Rio Buritizinho, está a elegante Cachoeira Paredes. O volume de água e a queda são menores. Paredes cativa pela tranquilidade. Em contraste com os grandes paredões negros, aqui o entorno é mais delicado. A queda de água em degraus de pedra termina em um poço tranquilo e propício ao banho. Esse é um dos destinos menos tocados da Chapada dos Veadeiros.
Trecho de asfalto: São menos de 4 km de asfalto sentido Norte pela GO-118. Após a Cerealista São João, primeira entrada à esquerda.
Trecho de terra: São aproximadamente 35 Km por estrada rural bem conservadas e ampla, acessível por todos tipos de veículos que não tenha perfil muito baixo. Siga sempre a estrada mais batida, em meio as plantações de milho e sorgo. Após ladear um pequeno açude, a estrada estreita e segue até quase alcançar o Rio Cachoeirinhas, a Oeste. Daqui em diante, são mais 2,5 Km por pastagens e mata. Fim da estrada. A direita, por uma estradinha quase apagada, está a sede da fazenda de um dos irmãos que dividem as terras. Se estiverem sem guia, sugerimos chamar a atenção de alguém por lá e avisar que irão visitar as cachoeiras. Alí, podem pegar dicas do caminho. Caso encontrem uma figura grisalha, cabeluda, com pés descalços, chamada João Gaúcho, talvez consigam um guia de graça e conversa de sobra.
Pontos de apoio: não há pontos de apoio no trajeto.
Trilha: Retorne até o curral, cruze a porteira e o colchete, siga pela estrada, passe pelo barracão de areeiros e, após uns 100 metros, entre as palmeiras, pegue a entrada à direita. Siga margeando o rio até a bifurcação da estrada. Entre à esquerda e logo verá a recepção. A trilha começa logo em frente. São apenas 1.1 Km pela sombra da mata, sem muito desnível. Quando começar a ouvir a queda d'água, há uma bifurcação que leva ao mirante, pela esquerda. Não há guarda corpos, nem proteções. Nos últimos 30 metros, a trilha desce em direção ao rio por um trecho bem íngreme. Siga as cordas e tenha atenção. Mais adiante, a trilha bifurca novamente. Em frente, a primeira queda; e à direita, a segunda. Entre as duas, são aproximadamente 1,6 Km, sempre pela mata, com o rio à esquerda. Na segunda parte, há vários pontos de banho e belas corredeiras. É possível achar tracklogs que indicam outra trilha, por cima, seguindo mais distante do rio.
Nivel de dificuldade: no padrão Chapada dos Veadeiros, considerada nível fácil no início e meio; e nível moderado no final.
Condução: O estabelecimento não exige acompanhamento de guias. A Equipe Portal da Chapada sempre recomenda a condução por um guia credenciado, profissional que assegurará segurança e apoio ao longo do percurso, além de repassar informações sobre a região e o atrativo.
Taxa de entrada: A última temporada em que esteve aberta a visitação, a entrada era R$ 50,00.
Infraestrutura: não está operando.
