
BOCAINA DO FARIAS
Um dos xodós de São João d'Aliança, a Bocaina é uma experiência singular que vem ganhando cada vez mais visitantes em busca de contato direto com a natureza e cenários deslumbrantes. De origem Tupi, significa “garganta” ou “lugar onde há fontes de água”. Um complexo mundo geológico de milhões de anos criado a partir da ruptura de placas tectónicas. São 800 metros de fenda com paredões de até 50 metros de altura. Ao longo da trilha, os Rios Farias e Farinha se encontram formando piscinas naturais, cachoeiras e um intrincado mosaico de cores e texturas.
Cada visitante tem uma persepção própria sobre o cânion. Cada curva da trilha, cada transição entre luz e sombra, entre água e pedra têm importância na composição da experiência. Além da obra da rocha, da água e do tempo, a vegetação preservada e exuberante fazem da Bocaina do Farias uma visitação obrigatória se você quer entender a diversidade de belezas naturais da Chapada do Veadeiros.
Há duas formas de entrar no cânion. Pela parte de baixo do Ribeirão Farias, no final do cânion; ou por cima, no início do cânion, também pelo rebeirão, mas ladeando uma queda d'água que exige equipamentos de rapel. Nessa página vamos falar do trecho convencional. O acesso pelo alto está disponível na página Rapel.
O acesso por terra é precário e exige veículos 4x4 para chegar até a recepção. Caso contrário, o carro fica em um pequeno estacionamento na parte alta da propriedade, na borda da Serra Geral do Paranã, o que acerscenta: 1 km de trilha com 70 metros de desnível por um antigo caminho tropeiro; ou 3 km pela continuação da estrada, com o mesmo desnível, claro, porém suavizado. A trilha mais curta segue em terreno aberto, com uma vista ampla do enorme vale do Paranã. A trilha mais longa segue por entre uma mata de galeria, sombreada e cerrada. Esses dois primeiros trechos terminam na sede, uma tapera de adobe e madeira. Não há funcionários por alí, por isso o guia é obrigatório. Da recepção até a boca do câninon são 700 metros de trilha com 60 metros de desnível.
Dentro do cânion, o percurso de 300 metros alterna trechos secos, trechos com água nos joelhos e trechos a nado. Nos pontos em que a luz do Sol entra na fenda, os contrastes com a rocha e a água criam uma infinidade de cores e sombras.
Trecho de asfalto: São 36 Km em sentido Norte pela GO-118. Aos 21 Km, no lado direito, o ponto de referência é a Lanchonete Portugal. A entrada da estrada de terra é à direita, 5 km adiante, uma pequena placa indica "Grupo RZ", logo em frente, do outro lado da estrada, há um ponto de ônibus escolar.
Trecho de terra: A estrada rural segue cortando uma série de fazendas até chegar na borda da Serra Geral do Paranã. São pelo menos 17 km. Agora depende da avaliação do guia e do seu veículo. São três opções. Se estiver em um veículo 4x2, seguir mais um pouco e descer por uma trilha bem íngreme de 1 km, com apoio de cordas e correntes; ou parar no trevo de acesso à propriedade e descer pela estrada menos íngreme de 3 km. Se estiver em veículo 4x4, entrar à direita no trevo e descer os 3 km de carro. As três opções levam à recepção.
Pontos de apoio: Na altura do Km 117, na barreira eletrônica, no Povoado de Santiago, está a tradicional Lanchonete Portugal e um pequeno mercado. No trecho de terra não há pontos de apoio.
Nivel de dificuldade: Como a trilha tem um grande desnível o retorno exige disposição e bom preparo físico. Mesmo na descida, há trechos que merecem atenção ao caminhar sobre pedras ou transpor degraus mais altos. É uma das trilhas mais pesadas de São João d'Aliança.
Taxa de entrada: R$ 60. O pagamento e o agendamento são intermediados pelo guia.
Condução: A Bocaina só recebe visitantes acompanhados de guia credenciado pela empresa que explora o atrativo. No Instagram há uma lista com contatos. O guia é fundamental aqui. O trecho de terra e a trilha exigem conhecimento. O percurso no cânion requer orientação e equipamento de segurança.
Infraestrutura: A recepção é apenas um ponto de apoio. Tem água filtrada e local para guarda dos equipamentos que serão usados na trilha. Só isso. Não há sinal de celuar, rede Wi-fi, nem banheiros.
Fonte Instagram oficila e Equipe Portal da Chapada
Contato Por WhatsApp. A visitação é gerenciada pelo Seu Geraldo, proprietário da Eco Pousada Rebendoleng e guia icônico da região


























