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História de Alto Paraíso de Goiás

  • Foto do escritor: ciscarq
    ciscarq
  • 28 de ago.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 16 de out.

Jardim de Maytrea

Os primeiros humanos se fixarem na região foram as etinias Avá-Canoeiro, Xerente, Cayajpós e Guayazes que habitaram as regiões de mata dos rios Araguaia, Tocantins, Maranhão e Paranã, após suscederem grupos nômades de caçadores-coletores, com registros de ocupação datados de 12.000 a 8.500 anos. Leia mais aqui.


Por volta de 1.730 chegam os primeiros Bandeirantes em busca de ouro e as primeiras levas de escravos fugidos em busca de refúgios ermos e de difícil acesso. Nessa época, a região conhecida por Viadeiros (como grafado na épca) pertencia a fazenda fundada por Francisco de Almeida em um pequeno núcleo de vilas de colonização. Em 1.740, a região é incorporada ao recém fundado arraial de Cavalcante.


Sem mineração significativa em Veadeiros, avança a agricultura e a pecuária para atender a demanda gerada pelo do garimpo de ouro mais ao Norte, na recém criada Vila de Cavalcante. Entretanto, mesmo por lá, as reservas não foram suficentes para implulsionar o desenvolvimento. Aos poucos, as lavras da região são abandonadas.


Em relatório público da Câmara Municipal de Cavalcante, organizado por Francisco Almeida Curado, em 1.886, a região foi descrita como “escabrosa, majoritariamente inabitável e de decadência admirável”. Com o declínio do ouro, as atividades exercidas eram a pecuária e a agricultura de pequena escala de milho, arroz, feijão, açúcar, café, mandioca e, posteriormente, trigo. Além da extração de salitre em Nova Roma. A estimativa era de que 6 mil pessoas viviam na vila de Cavalcante e nas freguesias de São Félix e Nova Roma. Com o pouco estímulo para a vinda de novos habitantes, a tendência era de diminuição desses números com o tempo. 01


Em meados da década de 50, seis integrantes do movimento esperantista descambaram do Nordeste após receberem uma orientação espiritual com o objetivo de fundar uma Sociedade Educacional destinada a crianças em situação de vulnerabilidade no centro do pais. Após rodarem pela região, "foram guiados a conhecer o ponto mais alto do Planalto Central, na latitude 14 ao Sul do Equador" e, após acolhimeto e doação de terras pela família Szerwinski, é fundada a Fazenda Bona Espero, segundo relata o excelente artigo Resgatando a Memória da Fazenda Bona Espero.




Em 1.953, Veadeiros é emanciapada e ascende à município, inicialmente batizada por Veadeiros. Dez anos depois a Câmara de Vereadores vota pela substitução do nome para Alto Paraíso de Goiás.


Em 1.957, adeptos do Movimento da Fraternidade foram instruídos por uma mensagem psicografada do espírito Scheilla a implantar uma comunidade Cristã-Espírita no estado de Goiás, próxim à nova Capital Federal. Como na empreitada da Fazenda Bona Espero, várias cidades da região foram visitadas, desta feita, pelos Bandeirantes da Fraternidade. Após longas negociações e acordos, parte da terra foi adquirida e parte recebida em doação nos limites da Fazenda Paraíso. Em 1.963 é fundada a Cidade da Fraternidade, comunidade rural destianada a abrigar, educar e capacitar crianças, segundo registra o livro Cidade da Fraternidade.



Essas experiência pioneiras, associadas à fundação de Brasília em 1.960, à criação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) em 1.961, à beleza natural da região, à difusão dos movimentos exotéricos na década de 70, além do misticismo envolvendo o paralelo 14, a enorme reserva de cristais de quartzo e a altitude, abrem caminho a uma leva de migração de comunidades exotéricas e grupos alternativos.


Ao longo da GO 018 consolida-se, aos poucos, um povoado direcionado a atender necessidades dos novos residentes e dos primeiros turistas, atraídos pela estruturação do PNCV e pelos atrativos naturais particulares que começam a ser explorados.


Segundo registra o Inventário da Oferta Turística de Alto Paraíso de Goiás e Vila de São Jorge: Em 1.981 começam as obras do Projeto Paraíso, com investimento do governo estadual, pertencente ao Plano de Desenvolvimento Integrado destinado a transformar a Chapada dos veadeiros em pólo turístico e de produção e industrialização de frutas. Logo veio a criação da GO 239, em 1.982. Em seguida veio a construção do aeroporto e do prédio da prefeitura.


A proximidade com a capital federal impulsina o turismo e, por consequência, melhora a oferta de estabelecimentos voltados a atividade. Em 1.980, a população é de 2.725 pessoas; em 1.991, 4.193 pessoas; em 2.010, 6.885 pessoas; e, em 2022, 10.306 pessoas.


A partir de meados 1.980, o perfil do turista começa a diversificar. Os aventureiros, entusiastas do ecoturismo, exotéricos e naturalistas passam a conviver com jovens em busca de diversão, diversidade e receptividade de hábitos censuráveis na grande maioria das cidades. Em Alto Paraíso, fumar um baseado em pleno dia, ao caminhar por um logradouro públicos é tão cotidiano quanto chupar um sorvete de buriti.


Note, as motivações para o uso de maconha e outros intorpecentes por membros de comunidades exotéricas, alternativas ou andarilhos são distisntas das motivações de turistas de temporada.


Essa foi um breve resumo sobre História de Alto Paraíso Chapada dos Veadeiros. Leia mais em Antoni Rebendoleng Szervinsk: mito ou história?


01. Das Primeiras Ocupações à Criação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, por Luanna de Souza Ribeiro e José Luiz de Andrade Franco.

 
 
 

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